A melhor relva para cada clima e uso
Se decidimos reservar uma área de jardim para o plantio de um prado de relva natural, o seu sucesso e futuro dependerão em grande parte do tipo de sementes que escolhermos, levando em conta fatores-chave como:
- Zona climática em que nos encontramos: Na Península Ibérica podemos distinguir 3 climas: Mediterrâneo, Continental e Atlântico, o que influenciará grandemente o desenvolvimento do relvado.
- Uso planeado: É preciso considerar o uso que vamos dar a essa área, se ela vai ser apenas um espaço ornamental ou, ao contrário, uma área de lazer e brincadeiras para os pequenos.
- Exposição solar: A sombra das árvores próximas pode impedir a germinação de certas espécies devido à falta de luz solar.
- Disponibilidade de água: Embora o relvado seja uma cultura exigente em água, existem variedades mais resistentes e rústicas.
Quando se trata de escolher as espécies mais adequadas, é normal que encontremos para venda no mercado formatos mistos de diferentes sementes, e não formatos exclusivos de uma única espécie. Isto ocorre porque a mistura de várias espécies proporciona uma maior capacidade de adaptação a condições adversas, como pragas, doenças e mudanças sazonais, fazendo com que o relvado pareça bem durante todo o ano.
No entanto, em todas as misturas haverá sempre uma espécie predominante que marcará as características do produto. Portanto, escolheremos uma ou outra mistura dependendo das espécies mais abundantes.
Em seguida, indicamos as espécies mais utilizadas, bem como suas vantagens e desvantagens, e as
Azevém ou Reigrasse-dos-Ingleses (Lolium perenne)
Caracteriza-se pela sua rápida implementação, razão pela qual é a espécie mais utilizada em kits de reparo e esteja presente na maioria das misturas, embora em pequenas quantidades, pois é a primeira a aparecer (leva de 4 a 6 dias para germinar) ).
- Rega: bastante, não resiste bem à seca
- Fertilização: rica em nitrogênio
- Exposição solar: não se desenvolve bem à sombra.
Erva-de-Febra (Poa pratensis)
A sua implementação é delicada e lenta, mas uma vez enraizada, rebenta muito bem criando um tapete compacto, pelo que é muito utilizada em relvados desportistas com necessidade de grande resistência ao pisoteio e pressões mecânicas.
- Irrigação: exigente
- Fertilização: exigente
- Exposição ao sol: prefere um pouco de sombra
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Festuca-alta (Festuca arundinacea)
É a espécie mais comum entre as misturas devido à sua grande resistência a doenças, sendo ideal para ser utilizada em grandes áreas da península. Além disso, também é resistente ao pisoteio e ao uso intensivo, já que forma um denso tapete.
- Irrigação: pouco resistente a condições extremas de seca
- Condições climáticas: não tolera o calor seco do verão ou o frio do inverno, por isso não é adequada para o clima continental.
Festuca-encarnada (Festuca rubra)
Grande capacidade de adaptação a diferentes climas, do nível do mar a 2.000 m de altitude, por isso tolera tanto a sombra quanto a salinidade dos ambientes costeiros. No entanto, tem pouca resistência ao pisoteio.
- Irrigação: resiste moderadamente à seca
- Fertilização: pouco exigente
- Exposição ao sol: tolerância à sombra
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Kikuyo (clandestinum de Pennisetum)
Espécie básica para o clima mediterrâneo, já que se adapta bem à terra perto do mar até uma altitude de 1.000 m, porém com temperaturas abaixo de 10 ° C pode perder a tonalidade verde. Tem uma alta resistência mecânica.
- Irrigação: muito resistente à seca
- Exposição solar: prefere altas temperaturas, por isso é desaconselhável instalá-lo em áreas sombreadas.
- Fertilização: rica em nitrogênio
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Erva-gramilheira (Cynadon dactylon)
Destaca-se pelo seu crescimento agressivo, impedindo o desenvolvimento de outras espécies de gramíneas, mas é utilizada por ser uma espécie de pouca manutenção e que uma vez estabelecida a relva é muito dura. Tolera a salinidade e aceita o pisoteio.
- Irrigação: resistente à seca
- Fertilização: prefere fertilizantes de libertação lenta
- Exposição solar: não resiste a lugares obscuros
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