Como fazer que a minha horta urbana seja mais ecológica

Uma horta urbana em casa só tem sentido se a desenvolvemos de forma ecológica. Devemos entender nossa horta como um espaço de sustentabilidade, onde obtenhamos produtos saudáveis e suculentos, por tanto não têm sentido que usemos praguicidas ou fungicidas de síntese química.

Partindo da base de que queremos praticar uma agricultura o mais ecológica possível, o primeiro que temos que entender é que em nossos cultivos aparecerão todo tipo de insectos e outros organismos que formarão o "micro-ecosistema" no qual se transformará em nossa horta urbana.

Isto será algo bom, não podemos pretender têr um espaço asséptico, de fato, quanto mais variada seja a biodiversidade assocaiada à nossa horta, mais estável e resistente à pragras será. Alem do amis, o estudo e observação dessa "vida" e as relações que se estabelecem entre os diferentes seres vivos é uma das questões mais enriquecedoras para o agricultor da cidade.

O principal método de controlo e luta conta as pragas e doenças que o agricultor ecológico deve realizar é "fazer as coisas direito". Ou seja, realizar todas aquelas práticas que farão da nossa pequena horta um espaço fértil, resistente, estável, biodiverso, etc.

Algumas destas práticas são: rotações, associações, uso de matéria orgânica como único adubo em nossos cultivos, realizar uma rega adequada, etc.

Agora sim, mesmo que realizemos estas recomendações, alguns dos seres vivos que se instalam em nossa horta podem ser prejudiciais e inclusive se converter em uma praga ou ocasionar doenças em nossas plantas. Nestes casos, devemos identificar as causas e agir por meio de procedimentos ecológicos.

Podemos diferencias 2 tipos de problemas em nossos cultivos:

  • Doenças produzidas por fungos, bacterias e virus.
  • Danos por pragas, de animais, principalmente insectos e arácnidos.


4.1 Doenças na horta

São mais difíceis de diagnosticar e de tratar, pois, excepto em alguns casos, não observaremos directamente à causa do problema, e teremos que diagnosticá-lo observando seus efeitos (por exemplo: "dobramento" das folhas do tomate produzido pelo vírus da culher).

Neste caso, devemos agir principalmente de uma forma preventiva, fortalecendo nossas plantas com bons adubos orgânicos como o húmus de lombriga e com fertilizantes ecológicos como o extracto de urtiga que aumenta as defesas naturais das plantas.

Nas doenças por fungos, que são as mais comúns (como oídio, míldio, …) também podemos utilizar tratamentos mais específicos, tanto de forma preventiva como nas primeras fases do desenvolvimento. Alguns dos tratamentos são o extracto de cauda de cavalo ou o própolis, ambos naturais e inócuos para as pessoas. Se finalmente têmos plantas afectadas, devemos elmininá-las para evitar a propagação da doença às plantas vizinhas.


4.2 Pragas da horta

São mais fáceis de identificar, pois normalmente podemos observar directamente ao agente que causa o problema. Nestes casos, antes de agir, devemos avaliar si o agente está causando realmente o problema ou se mantêm em uma população baixa e estável que não têm como consequência graves problemas.

Isto é importante, pois ás vezes têr um grupo baixo e estável de algúm insecto-praga como o pulgão, pode ser inclusive interessante já que atrairá insectos beneficiosos para a horta como las joaninhas. Se, do contrário, consideramos que têmos uma praga que está danificando os nossos cultivos, agiremos da seguinte forma:

  • Ver se estamos realizando alguma pratica de maneira incorrecta (excesso ou falta de rega, excesso de adubo, cultivo fora de temporada, falta de insolação). Isto é algo muito importante, pois muitas vezes a existência de pragas nos indica fraqueza da planta devida a alguma mal "gesto" (um claro exemplo é a existência massiva de pulgão, que é indicativo de uma grande concentração de nitrogênio na sálvia da planta, devido a um excesso de adubo, principalmente se usamos fertilizantes líquidos, que deixa a planta muito atractiva para o insectos sugadores.
  • Eliminação manual dos insectos. E´uma forma muito eficaz de controlar as pragas nas hortas de pequenas dimensões e de cara a pragas muito visíveis.
  • Eliminação das partes danificadas (folhas e talos).
  • Tratamento com produtos ecológicos. Quando têmos pragas extendidas e difíceis de eliminar manualmente, podemos utilizar produtos ecológicos como:
  • Sabão de potássio: insecticida de contacto que fraqueia o exoesqueleto dos insectos. É utilizado, principalmente para o controlo de ataques de insectos sugadores como o pulgão, cochonilha ou a mosca branca.
  • Óleo de neem: se trata de um insecticida natural que se extrai do fruto desta árvore, que age ante uma ampla gama de pragas como: mosca branca, aranha vermelha, trips, pulgão, piolho, escaravelho da batata, percevejo. A acção conjunta de sabão de potássio e neem, faz que o tratamento seja mais efetivo.
  • Bacillus thuringiensis: é uma toxina produzida por estas bacterias, totalmente inócua para o homem e para a fauna útil. Actúa de forma bem selectiva com as larvas de muitas espécies como a traça, heliothis, plúsidos, borboleta da couve, etc.

Em qualquer caso, a existência de uma praga em nossos cultivos não deve nos desanimar, se não o contrário, pois estimulará a nossa curiosidade em aprender e melhorar o conhecimento dos diferentes seres vivos da nossa horta e o controlo das técnicas de cultivo ecológico.

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