1. Manual básico da Horta Urbana em casa
Planeta Huerto desenvolveu este pequeno manual pensando naquelas pessoas que querem se iniciar na prática da horta em casa. É um manual muito simples e claro com o qual queremos transmitir ao leito o interesse que tem este hobby desde vários pontos de vista.
Cultivar em casa está ao alcance de todos, somente precisamos ter claros alguns conceitos básicos e pouco a pouco ir aprendedo da experiência. Desde Planeta Huerto entendemos a horta em casa com um exercício de sustentabilidade, que nos converte em cidadãos mais comprometidos com o meio ambiente e mais responsávies em nosso consumo.
- A maior parte da população vive em ambientes muito urbanos sem nunhum contacto com o meio natural e rural, isto faz que cada dia mais pessoas sintam a necessidade de introduzir um pouco de "verde" em suas vidas.
- Dispor de uma pequena horta em nosso lar vai supor uma vía de escape perante o asfalto, o cimento, o barulho, a contaminação e também perante o stress e as preocupações.
- Vais nos permitir conhecer o ciclo da vida dos vegetais e as relações entre os diferentes seres vivos, potenciando nossa capacidade de observação e nos oferecendo um recurso educativo muito valioso para nossos filhos.
- Constituirá um lugar de aprendizado contínuo através da experiência que iremos adquirindo no cultivo de nossos legumes, hortaliças,...
- Nos proporcionará alimentos saudávies, nutritivos e saborosos que farão-nos pensar na origem dos alumentos, nos convertindo em consumidores mais responsáveis e exigentes em questões como a segurança e a soberanía alimentícia.
Por essas razões e por muitas outras, vale a pena ter uma horta em casa.
2. Do que preciso para ter uma horta em casa?
2.1 Um lugar com luz directa
Podemos criar uma horta urbana praticamente em qualquer lugar, um pequeno jardim, um pátio, um terraço, uma varanda ou inclusive uma janela no permite cultivar nossas hortaliças. Porém, há uma questão indispensável, que é dispor de um lugar com luz directa.
As hortaliças, assim como o resto das plantas necessitam de luz solar para obter energía através da fotossíntese. Em princípio, a melhor orientação será aquela que nos permita uma boa quantidade de horas de luz directa, normalmente orientação sul ou sudeste, mas também devemos levar em consideração os obstáculos que podem haver e que podem fazer sombras (prédios, etc). Na mior parte das vezes não podemos escolher entre várias localizações para a horta e temos de nos adaptar ao espaço disponível.
Em qualquer caso, será importante valorizar a disponibilidade de luz que temos nas diferentes épocas do ano e também o tipo de cultivo vamos realizar. Pode ser que nosso espaço somente permita o cultivo em primavera-verão, quando a trajectória do Sol é mais elevada, dispondo de luz suficiente, enquanto no inverno não se receba nada de luz. Apesar disto, existem expaços que têm luz suficiente durante o ano inteiro, podendo-se cultivar em cada época os cultivos de temporada.
Por tanto, devemos escolher as hortaliças que cultivaremos em função da insolação que se tenha. Se temos muitas horas de sol no verão, devemos recorrer à cultivos exigentes como a beringela, o tomate ou o pimentão,
2.2 Recipientes e substratos
Em uma moradia unifamiliar com um pequeno terreno, vamos a poder destinar um lugar para a nossa horta, delimitando o espaço e dando ao solo adubos orgánicos que melhorem suas condições físico-químicas e sua fertilidade. Porém, se não temos um solo para cultivar, podemos criar nossa horta usando recipientes de cultivo e dusbtratos orgânicos.
Recipientes:
Sempre escolheremos àqueles que nos permitam um maior volume de substrato, em função do espaço disponível que se tenha, sendo mais importante o volume total que possa ter e não a profundidade do recipiente.
Existem recipientes de todos os tamanhos e materiais, onde a melhor opção é àquela que se adapte ao espaço que temos e aos cultivos que queremos plantar.
Um dos mais interessantes é a mesa de cultivo, com diferentes comprimentos, larguras e alturas e que se adapta muito bem ao espaço disponível permitindo que cultivemos em uma posição confortável.
Também podemo utilizar jardineiras, sendo as de melhor resultado as de madeira pela capacidade isolante do substrato perante o calor ou frio exterior.
Outras opções são os recipientes de geotextil ou vasos textêis que têm como grande vantagem sua leveza ou os jardins verticais que se adaptam muito bem aos espaços mais reduzidos.
Substratos:
O mais adequado é utilizar substrato orgânico, os quais devem...
- Ser leve, para nos permitir manipular com facilidade e não sobrecarregar nossas varandas ou sacadas.
- Ter uma adequada porosidade, que permita uma boa aeração (circulação do ar que permita a respiração das raízes) e retenção da água (que permita que se crie uma reserva de água no substrato a disposição das raízes).
- Reter nutrientes fundamentais.
Os substratos orgânicos compostados, como o vermicompost (resíduo orgânico digerido pela lombriga de Califórnia) cumpre com as 3 exigências anteriormente citadas, e também agem como adubo ao facilitar todos os nutrientes que a planta precisa.
Outro substrato é a fibra de coco, que não dá muitos nutrientes porém tem algumas das propriedades citadas (leveza, aeração, retenção de água e retenção de nutrientes).
Por isso, pode ser interessante combinar em nosso substrato a fibra de coco e outro que facilite os nutrientes e as propriedades da matéria orgânica (vermicompost).
A proporção adequada pode ser 60% de fibra de coco e 40% de vermicompost.
Cada vez que terminamos um ciclo de cultivo e retiramos as plantas, é convenientes remover o substrato para evitar a compactação que se forma com o tempo, para melhorar a porosidade e evitar a formação de rachaduras, além de fazer uma nova aportação de compost ou vermicompost para repor os nutrientes que foram consumidos.
2.3 Sistemas de irrigação para a horta.
Nos recipientes a agua termina com mais facilidade do que no solo, o que nos obrigará a estar mais pendentes da rega. Por outra parte, ás vezes, regamos de mais o que pode produzir um "lavado" e, por tanto, perda de nutrientes fundamentais para a planta.
Por este motivo, uma das tarefas mais importantes e onde devemos ser mais exigentes e precisos é na irrigação, procurando sempre manter uma humidade constante, ajustando-a à época do ano e às hortaliças que estamos cultivando.
Podemos regar de forma manual, o que será um bom método principalmente em pequenas hortas (3 ou 4 vasos). O mais adequado, neste caso, é o uso do regador e regar pouco a pouco para evitar a formação de rachaduras no substrato.
Por outra parte, se temos uma horta relativamente grande e principalmente se na época de verão há muito sol, é de grande ajuda a instalação de um sistema de irrigação por gotejamento com programador. Este sistema nos permitirá controlar o caudal da rega e a frequência de uma forma mais exacta, dando ao substrato a água que precisa, sem fazer um mal uso deste recurso e sem provocar um excesso de irrigação. Existe no mercado kits completos de auto-irrigação que se adapta muito bem à pequenas hortas urbanas.
Também temos a opção das jardineiras com auto-irrigação, que dispõem de um depósito de água na parte baixa dque mantém o substrato húmido permanentemente. Este sistema pode dar bons resultados, principalmente nas hortaliças menos exigentes com a água.
Qualquer dos sistemas de rega mencionados pode ser bom, porém seu bom funcionamente dependerá de que o substrato seja de boa qualidade e esteja bem estructurado, pois isso permitirá que, ao regar, a água tenha uma boa distribuição em horizontal e não tanto em vertical. Se a estrutura do substraro não é a adequada, a água se filtra pelas rachaduras que se formam e acabará se perdendo por debaixo do substrato, antes de embebê-lo adequadamente.
2.4 Sementes e mudas
Quando determinamos o espaço que vamos utilizar, os recipientes que vamos usar, o substrato e a forma de rega, só falta conseguir as plantas que vamos cultivar, as quais poderemos desenvolver a partir de sementes e de mudas.
Para o agricultor principiante recomendamos começar a cultivar utilizando mudas. Cada vez há mais viveiros dentro da urbe que oferece mudas (principalmente em primavera) devido ao importante aumento de amadores de hortas em casa. Esta é uma opção interessante para aqueles que se iniciam no cultiivo pois, mesmo que não vemos a primeira parte do ciclo da planta, simplifica bastante as tarefas da horta.
Pouco a pouco, conforme vamos tendo mais experiência, podemos ir combinando o uso de sementes e de mudas, optanto preferentemente pelo uso de sementes ecológicas.
Por último, em uma fase avançada da nossa experiência como agricultores urbanos, podemos baralhar a possibilidade de obter sementes dos nossos próprios cultivos, selecionando aquelas plantas mais vigorosas e que melhor colheitas tiveram.
3. Semeadura, transplante e colheita da horta urbana
Semear, transplantar e colher são, sem dúvidas, a tarefa mais atraente da horta em casa. Aqui, detalharemos cada uma dessas atividades.
3.1 Semeadura da horta
A semeadura pode ser feita em um viveiro, protegendo a planta em suas primeiras fases de desenvolvimento, ou directamente na sua localização definitiva, no caso das hortaliças que não suportam muito bem o transplante como a cenoura, o rabanete ou as favas.
Para a maioría das hortaliças será interessante um cultivo protegido em um viveiro, pois além de proteger a planta , irá nos permitir aproveitar melhor o espaço da horta, fazendo uma selecção das plantas que vamos cultivar no viveiro e levando-as ao recipiente final quando ja estejam um pouco desenvolvidas.
No mercado exitem vários tipos de viveiros:
- Alvéolos de
plástico (em bandejas ou individuais). A vantagem é que são
recicláveis, sempre que sejam lavados despois de cada uso.
- Alvéolos de turba
(en bandejas ou individuais). A turba é um tipo de substrato, por
tanto, ao fazer o transplante não é necessário tirar o torrão, se
não que temos que plantar o alvéolo inteiro, sendo menos o impacto
para as plantas.
- Pastilhas de turba
prensada. São cômodas, pois não é necessário por mais substrato,
somente há de molhar a pastilha.
- Viveiros protegidos. Alguns viveiros inclúem uma tampa transparente para evitar o dano de
geadas ou mudanças de temperatura, ou também para acelerar o
cultivo.
- Viveiro eléctrico.
No inverno a uma temperatura de 20º C, facilitará muito a
germinação das nossas sementes.
- Viveiros reciclados.
Como viveiros também pode servir pequenos recipientes como potinhos
de yogurte.
Os passos a seguir na hora de realizar um viveiro são:
- Procurar um lugar
onde tenha bastante luz solar. Mesmo que de noite (em viveiros não
protegidos) se tenha que proteger o viveiro em outro lugar, longe de
temperaturas baixas.
- Por o substrato. Se
utiliza o mesmo substrato que nos recipientes finais. No caso de
viveiros em bandeja, um conselho: uma vez espalhado o substrato, dar
golpes leves para deixá-lo unificado e ir pondo mais.
- Semear. A
profundidade na qual se enterram as sementes é 2 ou 3 vezes seu
diâmetro, mas no caso das menores, como o morango, se mistura com
areia fina e se reparte toda a mistura.
- Regar. Nesta
primeira fase a planta ainda é muito sensível à falta de água,
por tanto o substrato há de estar sempre húmido. Na hora de regar,
têmos que usar o regador perto do viveiro e fazer um movimento
pêndularñ.
- Clarear. Se várias sementes germinaram por alvéolo, têmos que fazer um clareio deixando uma plântula, a que seja mais forte.
3.2 Transplante
Quando as novas plantas germinadas tenham várias folhas verdadeiras (sem ser cotilédones) e sua altura seja superior à do recipiente, é porque está na hora de fazer o transplante de acordo com as seguintes recomendações:
- Tirar o torrão do
alvéolo ou do recipiente. Será melhor quando no dia anterior ele
tenha sido regado, pois o torrão sairá de maneira mais fácil pela
humidade, do contrário, não devemos tentar tirá-lo, nem quando
está encharcado.Se mesmo húmido não
desse para ser retirado, uns golpes de leves serão de grande ajuda,
mas sempre com cuidado, especialmente no caso das cucurbitáceas
(pepino, courgete, …). Do contrário, alface, cebola ou couve
sãobem mais fáceis de serem retiradas, podendo transplantá-las
inclusive com a raíz descoberta.
- Plantar no
recipiente definitivo: Quando localizamos a planta no seu lugar
definitivo, é ocnveniente esmagar um pouco aos redor do talo para
têr certeza que não se forma nenhuma bolsa de ar entre as raízes e
a terra, mas sim exagerar porque podemos compactar o substrato em
demasia.
- Regar. A primeira
rega depois do transplante tem de ser abundante para que o substrato
se assente e as raízes fiquem bem com contacto.
3.3 Colheita de frutos na horta
É a tarefa mais agradecida do trabalho na horta, mas devemos escolher o melhor momento para a colheita.
Os cultivos nos quais obtenhamos frutos, o momento adequado pode ser quando os mesmos estejam maduros, por esemplo, no caso do tomate, o melhor momento é quando ele fica vermelho. No caso de pepinos e courgete, têmos que colher antes de que os mesmos amadureçam e formem sementes.
A maioría de hortaliças de folhas (alface, espinafre, acelgas) nos permitirão ir contando as folhas conforme queramos sem necessidade de arrancá-las, por tanto se vamos consumindo segundo nossa demanda, o cultivo durará mais tempo.
Além disso, com alhos e cebolas teremos uma colheita macia se colhemos antes e de sexos se os deixamos mais tempo.
4. Como fazer que a minha horta urbana seja mais ecológica
Uma horta urbana em casa só tem sentido se a desenvolvemos de forma ecológica. Devemos entender nossa horta como um espaço de sustentabilidade, onde obtenhamos produtos saudáveis e suculentos, por tanto não têm sentido que usemos praguicidas ou fungicidas de síntese química.
Partindo da base de que queremos praticar uma agricultura o mais ecológica possível, o primeiro que temos que entender é que em nossos cultivos aparecerão todo tipo de insectos e outros organismos que formarão o "micro-ecosistema" no qual se transformará em nossa horta urbana.
Isto será algo bom, não podemos pretender têr um espaço asséptico, de fato, quanto mais variada seja a biodiversidade assocaiada à nossa horta, mais estável e resistente à pragras será. Alem do amis, o estudo e observação dessa "vida" e as relações que se estabelecem entre os diferentes seres vivos é uma das questões mais enriquecedoras para o agricultor da cidade.
O principal método de controlo e luta conta as pragas e doenças que o agricultor ecológico deve realizar é "fazer as coisas direito". Ou seja, realizar todas aquelas práticas que farão da nossa pequena horta um espaço fértil, resistente, estável, biodiverso, etc.
Algumas destas práticas são: rotações, associações, uso de matéria orgânica como único adubo em nossos cultivos, realizar uma rega adequada, etc.
Agora sim, mesmo que realizemos estas recomendações, alguns dos seres vivos que se instalam em nossa horta podem ser prejudiciais e inclusive se converter em uma praga ou ocasionar doenças em nossas plantas. Nestes casos, devemos identificar as causas e agir por meio de procedimentos ecológicos.
Podemos diferencias 2 tipos de problemas em nossos cultivos:
- Doenças produzidas
por fungos, bacterias e virus.
- Danos por pragas, de
animais, principalmente insectos e arácnidos.
4.1 Doenças na horta
São mais difíceis de diagnosticar e de tratar, pois, excepto em alguns casos, não observaremos directamente à causa do problema, e teremos que diagnosticá-lo observando seus efeitos (por exemplo: "dobramento" das folhas do tomate produzido pelo vírus da culher).
Neste caso, devemos agir principalmente de uma forma preventiva, fortalecendo nossas plantas com bons adubos orgânicos como o húmus de lombriga e com fertilizantes ecológicos como o extracto de urtiga que aumenta as defesas naturais das plantas.
Nas doenças por fungos, que são as mais comúns (como oídio, míldio, …) também podemos utilizar tratamentos mais específicos, tanto de forma preventiva como nas primeras fases do desenvolvimento. Alguns dos tratamentos são o extracto de cauda de cavalo ou o própolis, ambos naturais e inócuos para as pessoas. Se finalmente têmos plantas afectadas, devemos elmininá-las para evitar a propagação da doença às plantas vizinhas.
4.2 Pragas da horta
São mais fáceis de identificar, pois normalmente podemos observar directamente ao agente que causa o problema. Nestes casos, antes de agir, devemos avaliar si o agente está causando realmente o problema ou se mantêm em uma população baixa e estável que não têm como consequência graves problemas.
Isto é importante, pois ás vezes têr um grupo baixo e estável de algúm insecto-praga como o pulgão, pode ser inclusive interessante já que atrairá insectos beneficiosos para a horta como las joaninhas. Se, do contrário, consideramos que têmos uma praga que está danificando os nossos cultivos, agiremos da seguinte forma:
- Ver se estamos
realizando alguma pratica de maneira incorrecta (excesso ou falta de
rega, excesso de adubo, cultivo fora de temporada, falta de
insolação). Isto é algo muito importante, pois muitas vezes a
existência de pragas nos indica fraqueza da planta devida a alguma
mal "gesto" (um claro exemplo é a existência massiva de pulgão,
que é indicativo de uma grande concentração de nitrogênio na
sálvia da planta, devido a um excesso de adubo, principalmente se
usamos fertilizantes líquidos, que deixa a planta muito atractiva
para o insectos sugadores.
- Eliminação manual
dos insectos. E´uma forma muito eficaz de controlar as pragas nas
hortas de pequenas dimensões e de cara a pragas muito visíveis.
- Eliminação das partes danificadas (folhas e talos).
- Tratamento com
produtos ecológicos. Quando têmos pragas extendidas e difíceis de
eliminar manualmente, podemos utilizar produtos ecológicos como:
- Sabão de potássio:
insecticida de contacto que fraqueia o exoesqueleto dos insectos. É
utilizado, principalmente para o controlo de ataques de insectos
sugadores como o pulgão, cochonilha ou a mosca branca.
- Óleo de neem: se
trata de um insecticida natural que se extrai do fruto desta árvore,
que age ante uma ampla gama de pragas como: mosca branca, aranha
vermelha, trips, pulgão, piolho, escaravelho da batata, percevejo. A
acção conjunta de sabão de potássio e neem, faz que o tratamento
seja mais efetivo.
- Bacillus
thuringiensis: é uma toxina produzida por estas bacterias,
totalmente inócua para o homem e para a fauna útil. Actúa de forma
bem selectiva com as larvas de muitas espécies como a traça,
heliothis, plúsidos, borboleta da couve, etc.
Em qualquer caso, a existência de uma praga em nossos cultivos não deve nos desanimar, se não o contrário, pois estimulará a nossa curiosidade em aprender e melhorar o conhecimento dos diferentes seres vivos da nossa horta e o controlo das técnicas de cultivo ecológico.
5. O que posso cultivar em minha horta urbana?
Alguns dos cultivos
que melhor se adaptam à horta em casa são:
Rabanete, cebola, alface, cenoura, tomate, beringela, pimentão, pepino, espinafre, fava, morango e alho.
Requerimentos:
- Rega: a humidade têm
de ser regular, mesmo que o caudal não seja abundante. A escassez de
água causa uns tubérculos fibrosos, e o excesso, avultados e ocos.
- Nutrientes: não é
exigente, pode servir o subrtrato do cultivo anterior.
- Substrato: 1 L de
volume.
Cebola
Requerimentos:
- Rega: não precisa
de uma rega abundante se é regular. Durante a formação do bulbo,
melhor espaçar para conseguir um melhor secado da cebola.
- Nutrientes: ao ser
rústica, no é exigente e não precisa de muitos cuidados.
- Substrato: 3 l de
volume.
Alface
Requerimentos
- Rega: mais ou menos
exigente, principalmente quando se forma o miolo.
- Nutrientes: como
todas as hortaliças de folhas, consume nutrientes.
- Substrato: 3 l de
volume.
Cenoura
Requerimentos:
- Rega: a humidade têm
de ser constante, do contrário a pele se endurecerá e a raíz se
rachará.
- Nutrientes: não é
exigente. Se se aplica esterco fresco, a raíz pode-se bifurcar.
- Substrato: 1 l de
volume.
Tomate
Requerimentos:
- Rega: frequente e
regular, mais que espaçado e em grandes quantidades. É recomendável
a rega por gotejamento para evitar que apareça fungos.
- Nutrientes: é um
cultivo que precisa de um adubo rico em compost.
- Sustrato: 20 l de
volume.
Beringela
Requerimentos:
- Rega: abundante e
regular.
- Nutrientes: é
exigente, por tanto requere um grande adubado. A partir do coalhado
dos primeiros frutos pode-se aplicar algo de adubo, pois a colheita é
bastante duradoura.
- Substrato: 30 l de
volume.
Pimentão
Requerimentos:
- Rega: abundante.
- Nutrientes:
exigente, principalmente em potássio. Pode-se repetir a base de
folhas de confrei para recuperar os níveis de potássio.
- Substrato: 15 l de
volume.
Pepino
Requerimentos:
- Rega: abundante,
sendo o melhor método a rega por gotejamento.
- Nutrientes: é
exigente, por tanto é conveniente trabalhar bem o substrato ou a
terra e adicionar um bom compost.
- Substrato: 20 l de
volume.
Espinafre
Requerimentos:
- Rega: em doses
reduzidas e frequentes, suficientes para mantes sempre o substrato
húmido.
- Nutrientes: é
exigente, principalmente com o nitrogênio, por tanto é aconselhável
adubar antes da semeadura.
- Substrato: 2 l de
volume.
Fava
Requerimentos:
- Rega: regular e
moderada. Se há de evitar o excesso de rega na época de floração
para não afetar a colheita.
- Nutrientes: pouco
exigente, pelas suas propriedades prefere solos pobres em nitrogênio.
- Substrato: 5 l de
volume.
Morango
Requerimentos:
- Rega: moderada, para
conseguir uma terra fresca, sen excesso de huumidade mas que não
tenha períodos secos.
- Nutrientes:
exigente. Convém adicionar um pouco de compost depois de cada ciclo,
pois é uma planta plurianual.
- Substrato:
profundidade de 15 cm em un substrato solto e ligeiramente ácido.
Alho
Requerimentos:
- Rega: pouco exigente
em água. Inclusive pode-se cultivar em seco.
- Nutrientes: pouco
exigente em adubado, como todas as liliáceas.
- Substrato: 3 l de volume.
6. A horta urbana com crianças
Uma horta em casa
pode ser uma actividade relaxante e entretida, mas também é uma
oportunidade para compartilhar uma experiência divertida com as
crianças e dar-lhes valores.
Semear e ver como da semente aparece e se desenvolve a primeira plântula, é uma experiência que ajudará aos miúdos da casa a descobrir o ciclo das plantas e os ciclos da natureza.
Os miúdos podem participat activamente em todas as etapas do cultivo. Durante a semeadura, o transplante, a preparação do substrato ou a observação das plantas, nossos filhos podem colaborar connosco manipulando a terra e observando as diferentes etapas das hortaliças que cultivamos. Para isso, melhor se lhes damos ferramentas e recipientes adaptados à altura e possibilidades.
A horta também pode ser uma forma de adquirir pequenas responsabilidades para que sejam conscientes do valor de seus actos e do esforço que implica, sempre e quando seja visto como uma tarefa divertida e não como uma obrigação. A rega é uma tarefa ideal neste sentido, pois precisa de costancia e inclui a manipulação da água, que é um elemento bastante atraente para os miúdos.
Por tanto, o método de rega que parece mais interessante é o manual por meio do regador, cujas medidas e capacidade deverão ser adequadas para a criança.
Se tudo correu bem, chega o momento de colher a recompensa, de sentir-se satisfeito e orgulhoso do trabalho realizado, é o momento da colheita. Mas também é uma ocasião perfeita para incorporar hábitos para uma alimentação variada, saudável e rica em verduras e frutas. É uma forma de incentivar aos miúdos a que provem as verduras, pois tras ver todo o processo, não lhe será algo alheio e assim atambém valorizará seu próprio trabalho.
Para que seja mais fácil, melhor começar por cultivos que sejam simples e que estejam adaptados ao cultivo em recipientes, mas principalmente tudo que seja atraente ao miúdo como os morangos ou as cenouras, que são saborosas e doces.
Além das próprias tarefas de manutenção da horta, podem ser múltiplas as actividades que, de forma parelela à horta, podem-se propor, já sejam manualidades, ateliê ou actividades de observação e/ou experimentação. Tudo é questão de imaginação e vontade de passar tempo e desfrutar com as crianças.
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